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Marketing: do criativo ao padronizado sem graça. O que aconteceu?
Se você assistiu séries como Mad Man ou acompanhou as grandes batalhas publicitárias de empresas da mesma área como Coca-Cola e Pepsi, McDonalds e Bob's, entre outros, você deve ter notado que o Marketing se tornou a área das Receitas.
Fórmulas prontas, quadradas e padronizadas.
Esse efeito veio com as mídias virtuais e com a explosão de coachs que lotaram e lotam plateias de pessoas ávidas para conseguir sucesso em suas carreiras de maneira simplificada e mágica.
O Marketing ficou chato!
Ficou chato ver conteúdo de Marketing.
As pessoas não querem mais ser criativas, elas querem imitar descaradamente quem dá certo e aplicar em suas redes.
Há tempos que criadores de conteúdos com foco em atrair clientes ou vender produtos não trazem nada de diferente ou impactante. São todos iguais. Você vê e você já sabe o que está vendo e o efeito de repetição gera esgotamento.
É assim que as pessoas começaram a migrar de Redes Sociais como o Instagram e passaram a ir para plataformas com maior diversidade de conteúdos, como o Tik Tok. Acontece que criadores do Instagram estão indo para o Tik Tok sem adaptar para o público de lá, replicando o formato do Instagram que está totalmente saturado.
Os gurus do Marketing são vagos: falam para você adaptar estratégias ao seu nicho, usar a criatividade, PORÉM, um grande porém aqui, mantendo padrões. Porque se tem fórmula, tem padrão.
E assim vamos minando a criatividade e saturando a audiência.
As pessoas tem priorizado o simples e autêntico ao extravagante repetitivo.
O Marketing era da área dos criativos a mais divertida, sempre nos presenteado com conteúdos diferentes e cheio de referências e indiretas. Víamos um conteúdo diversificado para cada setor, mas agora, só vemos tudo igual, tal qual uma vitrine que só muda as roupas, mas a identidade é a mesma.
Isso me lembra uma marca de roupa fitness que eu adorava comprar, justamente porque ela trazia modelos novos para além do top short/calça que estamos acostumados a ver em todos os cantos. Adotou tons neutros e sóbrios, o que não tem nenhum problema, mas descartou o seu diferencial que era trazer modelos diferentes de shorts calças, tops e croppeds que haviam antes. Acredito que a marca quisesse se torna mais "elegante". Eu não quero ser elegante e para comprar algo que eu vejo em todo lugar, eu vou comprar onde me oferecerem preços mais baratos, até mesmo porque a marca tinha qualidade bastante a desejar de costura, e eu comprava só por serem diferentes, aturando seus defeitos. Não vou comprar de uma marca que deixou tudo tradicional e elevou os preços. Não faz sentido. E, com certeza, essa ideia veio de alguém do Marketing.
Torna mais inacessível e aumenta os preços, torne seu conteúdo exclusivo. E assim vamos vendo marcas chatas e, ao contrário das expectativas, iguais.
Vi o vídeo de uma menina comparando as logos e embalagens de antigamente com as atuais. A era do minimalismo chega às prateleiras sem apelo nenhum. Elas não marcam presença, não contam histórias, são apenas o que são, produtos descartáveis. Entediantes produtos descartáveis.
O Marketing que outrora foi conhecido por um dos maiores setores criativos se reduziu a catálogo.
Até para quem não é da área, como eu, mas tenta se inspirar, tem sido difícil de achar fontes de inspiração, porque tudo está terrivelmente igual.
Milagres agora só acontecem investindo dinheiro e empurrando goela abaixo o seu conteúdo para as pessoas, as deixando sem escolhas a não ser assistir.
Mas se empolga?
Não! Não empolga mais.
Eu não sou do marketing, só que, como todos que passaram a usar redes sociais com intuitos profissionais, tive que estudar sobre a área. Já comprei cursos, acompanho grandes nomes que fazem promessas gigantes, mas sabe o que falta? Base. Eu não tenho base e comprar cursos não tem me ensinado muita coisa e das coisas que apliquei, acabaram não dando certo, afinal, a tempo de dizer que fazer coisa X dá certo, o mercado rapidamente saturou e aí você precisa se atualizar.. comprando outro curso.
Acredito que esse seja o problema. A falta de base. É necessário voltar às raízes para trazer conteúdos envolventes para a audiência.
Em tempos de I.A., quem for criativo e tiver base para isso, vai se destacar em meio à multidão.
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