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Imagem via FCamara Blog. |
A I.A está deixando as pessoas burras?
Há toda uma polêmica sobre a I.A. estar deixando as pessoas burras ou não, mas eu vou aqui deixar minha mais sincera opinião sobre o tema.
Você já viu como as pessoas estão usando a I.A.?
Usam para fazer pegadinhas, perguntas ridículas, desafios estranhos...
Eu sou da opinião que a I.A. analisa o perfil de com quem ela está conversando e se adapta a isso, até mesmo porque, no estudo da linguagem, cabe ao falante identificar quem são seus interlocutores e, assim, adaptar a sua comunicação de forma a ser compreendido por ele. Cabe aquele que detém o maior conhecimento, saber adaptar a comunicação para que ela possa ser entendida pelo interlocutor (e não o contrário), então, por exemplo, se eu for palestrar para um grupo de pessoas que eu sei que tem baixa formação escolar, eu preciso usar palavras e estruturas frasais que essas pessoas vão compreender com facilidade e não sair falando pomposamente de uma maneira que ninguém entenda o que está sendo dito. Igualmente, se eu for palestrar em um ambiente mais formal, com professores acadêmicos ou empresários, preciso usar termos mais adequados ao ambiente que estou palestrando. Ou seja, a responsabilidade pela comunicação é toda minha.
Se a I.A. é treinada em comunicação, por certo que ela sabe desse preceito e, portanto, adapta a comunicação com o usuário que ela está se comunicando. Se você falar com a I.A. de maneira infantilizada e boba, adivinha como a I.A. está interpretando o seu nível intelectual?
Isso mesmo: ela vai achar você burro!
Na melhor das hipóteses poderá deduzir que você possa ter algum déficit de aprendizado: olha as coisas que você está falando.
Da mesma forma que cabe a nós treinar os Algoritmos nas Redes Sociais para que eles nos entreguem conteúdos que nos sejam relevantes e descarte aqueles que não nos interessam (ou aborrecem), somos nós que somos responsáveis por nos apresentarmos à I.A. de maneira apropriada para que ela compreenda qual a nossa demanda ao usar a ferramenta.
Eu sempre mantenho o tom e falo polidamente, porque se eu estou me comunicando com uma ferramenta treinada em comunicação e eu, sendo formada em Letras Português-Latim pela UFRJ, tendo, portanto, conhecimento sobre linguagem e comunicação, eu consigo deduzir com muita facilidade que quanto mais eu adequo a minha comunicação ao falante, melhor resultados terei; na situação oposta, quanto mais eu me exponho enquanto ridícula, mais o interlocutor colocará em cheque as minhas competências mentais.
É apenas o básico da comunicação.
Logo, antes de alegar que a I.A. está deixando as pessoas burras, algumas considerações precisam ser feitas: o quanto a pessoa domina os conceitos relativos ao uso da sua língua nativa; como ela se comunica com a I.A.
Porque é aquilo, se você não domina as ferramentas da língua e comunicação, não haverá efetividade.
E se você se apresenta como um tonto, será tratado como um.
Simples assim!
E não é nem um devaneio da minha parte, uma vez que Sam Altman confirmou que falar polidamente com I.A. melhora os resultados.
Logo, pense bem como você anda falando com a I.A.
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