Metonímia.
Nós já falamos sobre a importância das Figuras de Linguagem na produção criativa de letras de música, na aula passada, falamos sobre Metáfora, e nessa aula vamos abordar a Metonímia, irmã da Metáfora.
A Metonímia consiste em você substituir um termo pelo outro só porque sim!
Ao invés de dizer que essa comida está gostosa, você diz que o prato está gostoso.
Ao invés de dizer que você leu um livro de Machado de Assis, você diz que leu Machado de Assis.
Isso acontece, porque queremos dar um sentido ampliado ao que estamos falando. Você não quer dizer que a comida estava boa, você quer dizer que a comida estava tão boa, que até o prato (utensílio) estava comestível... estava tão bom, que você quase comeu o prato junto. Não tem graça dizer que leu somente um livro de Machado de Assis - mas só um? que pouquinho -, você tem que dizer que leu o próprio Machado de Assis.
A principal diferença entre Metáfora e Metonímia é que enquanto a Metáfora faz analogias, enquanto a Metonímia faz substituições. Pega essa dica!
Metáfora → Analogias.
Metonímia → Substituições.
A Metonímia, diferente da Metáfora, tende a ser um recurso linguístico mais sutil, por isso, pode ser usado com mais abundância do que a Metáfora, que, se mal utilizada, pode acabar dando uma série de problemas, como deixar a obra cafona, ou trazer dificuldades na interpretação da obra, caso mal elaborada. Já com a Metonímia, a sutileza é tanto, que pode passar desapercebida, mas ainda assim, trazer beleza à sua obra. Quando alguém fala que o prato está delicioso, você não aciona imediatamente a compreensão de que a pessoa está usando uma Figura de linguagem, porque parece corriqueiro. Agora, se alguém diz "Essa comida está um verdadeiro manja dos deuses que vieram diretamente dos céus para abençoar suas mãos que cozinham perfeitas delícias", a sua reação vai ser perguntar o que a pessoa quer, porque alguma coisa ela está querendo, elogiou demais.
Compreendem a situação?
Na produção criativa, é necessário saber dosar e escolher bem as figuras de linguagem para compor a poética da sua obra. Em letras de música, que tendem a ter versos que se repetem, é importante trabalhar a sensibilidade para identificar o que está no ponto e o que está exagero. Claro que se a sua intenção for mesmo o exagero - e isso fica posto no todo da obra - você pode usar em abundância, mas se não for esse o caso específico, você tem que saber identificar os exageros e ajustá-los.
Existem vários tipos de Metonímias e para isso, peço que você leia a postagem completa do Brasil Escola sobre o tema. É muito importante manter as pesquisas em dia, seja para se aprofundar, seja para revisar temas que você sabe, mas vai esquecendo com o tempo.
Lá você vai encontrar as diferentes manifestações de uso da Metonímia e exemplos úteis.
Pegue os tipos de casos da Metonímia na postagem do Brasil Escola e faça o seguinte exercício:
EXERCÍCIO
Crie frases em que uma versão é a forma literal e a outra enquanto Metonímia. Por exemplo:
Eu compreendo a sua personalidade.
Eu vejo a sua alma.
Olha como é mais poético eu dizer que vi a alma de alguém, ao invés de dizer que entendeu a personalidade da outra pessoa.
Faça o exercício pensando em como utilizá-lo para a criação de Letras de Música. Já dá uma finalidade para o seu estudo.
Até a próxima aula.
💛
Para se aprofundar no tema, confira o Sumário com as aulas complementares do Método Natacha Macsan: Escrevendo Letra de Música, o nosso curso totalmente gratuito "Como Escrever Letra de Música":
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